quinta-feira, 14 de junho de 2012

HISTORIZANDO... “A GARAPA DA HISTÓRIA!”

A maioria dos estudos que tratam sobre a “História” de São Tomé se debruçou acerca de questões relativas à economia, à memória política local, aos grandes personagens heróicos do ponto de vista empreendedor e, por assim dizer, acabou por minimizar a história ao poder da classe dominante local. Mas, esse gênero já é considerado hoje ultrapassado pelas novas perspectivas introduzidas pela renovação trazida pela Escola dos Analles.
Atualmente, o objetivo da História é analisar as transformações, as mudanças, ou seja, as variações que surgiram em um determinado período, indo além do estudo cronológico caracterizado pela grande quantidade de datas e nomes de figuras importantes.
Isso, porém, não significa dizer que devemos deixar totalmente de lado pessoas que deram significativas contribuições para a sociedade são-tomeense em seu tempo, mas, pensar que ninguém faz nada sozinho, isolado e que tudo depende do contexto social no qual o indivíduo está localizado.
Dessa forma, a proposta aqui explicitada é ver a História de São Tomé a partir de dois ângulos: dos dominados e dos dominantes, que são distantes e diversos, mas que se misturam, que se cruzam, que no fim juntam-se a ponto de confundir a essência de cada um, assim como a garapa é capaz de baralhar os (dis) sabores provenientes da desordem de seus ingredientes, mas que ao fim sacia o faminto não importando os componentes, e sim, o seu estado de farto.

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